A inspiração não tem hora. Neste momento são uma e trinta da manhã. E mesmo depois de ter tomado o sonífero habitual, deitei-me e comecei a escrever em pensamento. Muitas coisas que vieram a memória. Muitos temas, com muito para contar. Levantei-me, peguei na minha caneta preferida, minha companheira de muitas palavras e sentei-me á mesa da grande sala, onde a minha família quando se junta, toma as refeições. E a minha caneta tinha uma leveza, que quase escrevia sozinha.
Sozinha, e como sinto
Não pensem que vivo só
Sozinha, mesmo se brinco, com meus netos amorosos
Vivo num mundo de pó
Quantas vezes grito, grito
Mas pra dentro, ninguém ouve
E no meio da multidão
Creiam que me sinto só
É o meu estado de espírito
E ninguém me dá a mão
Porquê? Eu também não peço
Julgam-me forte demais
Por isso ninguém pergunta
Precisas de algo mais?
É verdade que preciso
Que me ouçam com atenção
Não falem, simplesmente escutem
O que me vai no coração
É crise existencial?
Talvez, pois todos a temos
Mas nem por isso perguntam
Tu precisas de uma mão?
Que aperte a tua com força
Só pra sentir que estou viva
Aperta, aperta com força
Decerto era o que eu diria
Como orgulho não pedia
Pois todos me julgam forte
E serei até a morte
Não dou o braço a torcer
E também não vou temer
De me sentir solitária
Pode estar mundo á volta
E sentir-me muito solta
Mas sempre, comigo sozinha
Preciso de companhia?
Já a tenho em quantidade
Mas querem mesmo a verdade?
Estou só, simplesmente só
Espero o sono, ele há de vir
Aí, assim vou dormir
Descansar a minha mente
Mas será que estou doente?
É simplesmente cansado
É cansaço das notícias
Guerra por todos os lados
Ninguém para esses malvados
Que não dão descanso ao mundo
Mortes, sangue, e guerra intensa
De nada serve a presença
Dos poucos bons que ainda existem
De verdade são tão poucos
É uma agulha em palheiro
O resto são todos loucos
E não há um povo ordeiro.
A inspiração me falta
Talvez, é tarde demais
A memória está uma gralha
E força, para onde vais
O certo é que estou tão só
Não façam caso, isto passa
Amanhã é outro dia
E lerei isto com graça.
Por Maria Cruz
Sozinha, e como sinto
Não pensem que vivo só
Sozinha, mesmo se brinco, com meus netos amorosos
Vivo num mundo de pó
Quantas vezes grito, grito
Mas pra dentro, ninguém ouve
E no meio da multidão
Creiam que me sinto só
É o meu estado de espírito
E ninguém me dá a mão
Porquê? Eu também não peço
Julgam-me forte demais
Por isso ninguém pergunta
Precisas de algo mais?
É verdade que preciso
Que me ouçam com atenção
Não falem, simplesmente escutem
O que me vai no coração
É crise existencial?
Talvez, pois todos a temos
Mas nem por isso perguntam
Tu precisas de uma mão?
Que aperte a tua com força
Só pra sentir que estou viva
Aperta, aperta com força
Decerto era o que eu diria
Como orgulho não pedia
Pois todos me julgam forte
E serei até a morte
Não dou o braço a torcer
E também não vou temer
De me sentir solitária
Pode estar mundo á volta
E sentir-me muito solta
Mas sempre, comigo sozinha
Preciso de companhia?
Já a tenho em quantidade
Mas querem mesmo a verdade?
Estou só, simplesmente só
Espero o sono, ele há de vir
Aí, assim vou dormir
Descansar a minha mente
Mas será que estou doente?
É simplesmente cansado
É cansaço das notícias
Guerra por todos os lados
Ninguém para esses malvados
Que não dão descanso ao mundo
Mortes, sangue, e guerra intensa
De nada serve a presença
Dos poucos bons que ainda existem
De verdade são tão poucos
É uma agulha em palheiro
O resto são todos loucos
E não há um povo ordeiro.
A inspiração me falta
Talvez, é tarde demais
A memória está uma gralha
E força, para onde vais
O certo é que estou tão só
Não façam caso, isto passa
Amanhã é outro dia
E lerei isto com graça.
Por Maria Cruz
Desanimada com a vida portuguesa....
Reviewed by Emotiva Memória
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